A violência urbana é um conjunto de atividades que vão contra às leis e também à ordem pública, como é o caso dos assaltos, assassinatos, homicídios, tráfico de drogas e agressões no ambiente familiar (violência doméstica).
Uma das principais causas da violência urbana é o crescimento desorganizado e também a falta de infraestrutura das cidades. Com isso, acontecem crises sociais por falta de garantia de saúde, emprego, moradia, educação e diversas outras necessidades básicas. Como consequência, repercutem na criminalização e marginalização.
Esse assunto é muito sério! Por isso, listamos as principais notícias que trazem dados de 2019 sobre a violência urbana em Santa Catarina. Boa leitura!
1. SC registra 2,8 mil casos de violência contra idosos em três anos, aponta levantamento
A Grande Florianópolis foi a região com mais notificações no estado.
Entre 2015 e 2018, 2.844 idosos foram vítimas de violência em Santa Catarina, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sisan). A região com mais casos registrados foi a Grande Florianópolis, 435. As informações foram divulgadas pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC).
Segundo a Dive/SC, do total de notificações, 757 foram autoprovocadas e 1.978 interpessoais. As mulheres idosas são as mais sofrem violência: 58,6%. O percentual de casos com idosos é de 41,4%.
As violências interpessoais ocorrem com mais frequência com idosos com idade entre 60 e 69 anos. Na maioria dos casos, é praticada por pessoas próximas a eles, como filhos e parceiro íntimo.
Os idosos que tiveram os casos notificados sofreram violências físicas, psicológica e moral, seguidas das lesões autoprovocadas e negligências ou abandono, conforme o levantamento da Dive/SC.
Notificação
Conforme o Estatuto do Idoso, os casos de suspeita ou confirmação de violência contra idosos são alvo de notificação compulsória, realizada diante da suspeita de dano, por parte dos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária. Devem ser comunicados, obrigatoriamente, a polícia, Ministério Público, Conselho Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso.
A notificação é usada para identificar e qualificar os casos suspeitos ou confirmados de agressão que são atendidos na rede pública de saúde.
Veiculação: Globo G1
Data: 17/06/2019.
2. Vítimas de violência contra a mulher recebem acolhimento e atendimento humanizado em Florianópolis
Prefeitura atua em parceria com as DPCAMIS para prevenir e criar ações para devolver a dignidade e a qualidade de vida a mulheres violentadas.
A violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos, pois, atinge diretamente o direito à saúde, à integridade física e à vida. As diversas formas de violência de gênero estão descritas no artigo primeiro da Convenção de Belém do Pará, de 1994, que define violência contra mulheres como “qualquer ação ou conduta, baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher, tanto no âmbito público como no privado”.
Como a maior parte desses crimes ocorre dentro de casa e é praticada por pessoas próximas à vítima (cônjuges, principalmente), as ações e investigações esbarram no silêncio de vítimas e testemunhas. Mesmo com a invisibilidade, pois, muitos casos de agressão não são sequer notificados, o número de registros de violência contra mulheres vem crescendo ano após ano.
Em Santa Catarina, o número de registros cresceu 25% em 2018 em relação ao ano anterior, segundo dados das Delegacias de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMIs) de SC. Através de trabalho articulado e conjunto entre as DPCAMIS e CREMV, delegados, policiais e equipes técnicas da Assistência Social do município, têm trabalhado para conscientizar as vítimas sobre a importância de buscar ajuda logo no primeiro ato violento, a fim de evitar um ciclo de agressões. O cuidado com a vítima também é constante nas delegacias.
— Mulheres que buscam a DPCAMI de Florianópolis recebem atendimento psicológico desde o primeiro momento, se assim desejarem, já que o serviço é colocado à sua disposição, mas não é obrigatório. Nos casos de Medida Protetiva, a vítima é encaminhada para uma policial que faz o BO, colhe o relato e providencia o encaminhamento do pedido das medidas protetivas para o Juiz de Direito. Nos demais casos, ela registra o BO com o plantonista e, se desejar, é encaminhada a uma psicóloga policial, e o atendimento é realizado, sem prejuízo ao trâmite do procedimento criminal e em todos os casos, as mulheres recebem orientação e encaminhamento ao CREMV— afirma Eliane Chaves, delegada e diretora de polícia da Grande Florianópolis.
Prefeitura de Florianópolis oferece serviços de referência e acolhimento a vítimas de violência
O Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CREMV), é um equipamento da Secretaria Municipal de Assistência Social da PMF que atende vítimas de violência doméstica, sexual, tráfico de mulheres e assédio sexual, entre outros crimes.
O CREMV é um serviço essencial do programa de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher, que oferece um espaço de acolhimento e acompanhamento psicossocial, a fim de que se rompa com a situação de violência.
O acesso ao CREMV se dá por busca espontânea ou por encaminhamento de delegacias, ONGs ou outros projetos e programas da rede pública de atendimento. Em alguns casos, pode ser necessário o encaminhamento da vítima à Unidade de Acolhimento para Mulheres, um serviço institucional provisório, que recebe mulheres vítimas de violência (e seus filhos menores de idade, caso haja) por até seis meses — período que pode ser ampliado, dependendo da situação da vítima.
Segundo Luciana Telles Rodrigues Rovaris, assistente social e coordenadora do CREMV, o Centro de Referência atendeu 168 casos entre janeiro e maio de 2019. Destes, 32 foram reincidentes. No mesmo período, 15 mulheres foram atendidas na casa de passagem.
Outro serviço fundamental no atendimento às vítimas é a Unidade de Acolhimento, que assim como o CREMV, preza pelo atendimento humanizado, o qual visa devolver a autoestima e a dignidade dessas mulheres violentadas. Para isso, o ambiente tem características residenciais e as mulheres acolhidas são incentivadas (desde que não estejam em risco) a se inserirem na comunidade, mantendo suas atividades de rotina, sociais, trabalho e/ou estudo, visando sua reintegração social e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, explica Maria Cláudia Goulart, Psicóloga e Secretária Municipal de Assistência Social.
Projetos da PMF visam reduzir os casos de agressão contra mulher
Projeto CREMV e Maria da Penha nas Escolas tem como missão levar a escolas, associações, EJAs, centros comunitários e outras instituições palestras e ações que abordem questões de violência de gênero e tratem da importância de reconhecer e denunciar casos de agressão e de acolher e manter as vítimas em segurança.
— Além de todo atendimento e atenção dados às mulheres encaminhadas ao CREMV, vale destacar a ação educativa do Centro de Referência que leva o CREMV e a Lei Maria da Penha para diversas esferas da sociedade e tem o intuito de educar as crianças e jovens e conscientizar adultos a respeito do problema da violência — explica Luciana Rovaris.
Outro programa importante para a redução da violência de gênero é o Projeto Floripa com Elas, uma parceria da PMF com o Instituto de Gerações de Oportunidade de Florianópolis (IGEOF), que ofereceu cinco mil vagas exclusivas para mulheres em aulas de defesa pessoal. As aulas iniciaram em maio, e as três academias que fazem parte do Projeto atendem em média 20 alunas por aula. As aulas abordam técnicas de defesa pessoal e mostram qual a melhor maneira de se cuidar no dia a dia, ao caminhar na rua, entrar no carro, na garagem, etc.
Ainda este ano, o IGEOF deverá lançar o Floripa com Elas Emprega, um cadastro municipal de currículos de mulheres em situação de vulnerabilidade para o encaminhamento e a reinserção no mercado de trabalho.
Veiculação: Globo G1
Data: 14/06/2019
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